DINHEIRO
DINHEIRO/ARGENT
a febre do dinheiro
moldou-te o coração
k'inês não foste
alma de lingotes
por seres manhã
ou vires na madrugada
ou do nascer do sol
não deixaste de vir
apurada nos molhos
da noite mais escura
dos fojos mais escondidos
das pestes mais mortais
e hás-de morrer sozinha
como todos nós
por entre as labaredas
na cozinha
no pátio de s. pedro
entre contras e prós
ker se te grite a alma
neste mundo
pelo que amanhã serás
aurora do pecado
certinho é o teu fado
e ao pó voltarás
na pobre limusine de aventuras
onde guardas o oiro
das loucuras